sábado, 29 de outubro de 2011

Desde pequeno eu sempre soube que o mundo é nocivo, que machuca. Cresci sofrendo constantes decepções e como uma sábia amiga falou "As pedras nunca virão de longe, elas sempre serão arremessadas pelos mais próximos de você." Aqueles que veem o seu coração de perto na maioria serão os que o machucaram.
Antes fossem socos e chutes, feridas no corpo curam mais rápido que as do coração. Eu preferiria mil vezes tomar uma surra todos os dias do que ouvir o que me diziam, palavras quando são usadas para machucar destroem até os mais fortes corações. Sempre que as ouvia o pobre coração sofria mais; confesso que em alguns momentos eu pensei em revidar da mesma forma, porém, algo em mim dizia que não era necessário, que a verdadeira justiça não seria feita por mim, e isso me deixava com raiva, pois eu queria me vingar então novamente aquela presença sussurrava em meus ouvidos e me fazia parar.
Quando estava sozinho, eu chorava e perguntava a Deus o porquê daquilo, era necessário passar, ouvi tudo o que era dito e ele não respondia; não naquele momento, e sim no dia seguinte quando outra vez eu era posto a prova.
E anos e anos foram necessários para que pudesse entender o que  Deus realmente queria que eu fizesse. O meu dever não era fazer justiça, não era a vingança; era o perdão. E posso dizer que foi difícil, a cada perdão, contudo, eu fui me acostumando... E foi preciso eu passar por tudo isso para entender que Deus queria que eu me aproximasse dele, e foi através do perdão que assim o fiz, pois sempre que perdoamos mais parecidos  e muito mais próximos  ficamos de Deus.

domingo, 23 de outubro de 2011

Creio que Deus se comunique conosco pelos sonhos, sempre. Os sonhos sempre dizem mais do que podemos compreender, mas isso não significa que não devamos tentar entender a mensagem.
Após o sono sua mente deixa o peso do seu corpo e passa a ser livre, e foi assim que recebi a minha primeira mensagem. Em sonho, lembro-me de estar sentado em uma mesa de vidro num cômodo onde tudo era branco, inclusive as minhas roupas, o clima daquele lugar era diferente, mesmo estando trancado numa sala eu me sentia como se estivesse num campo, era possível notar até mesmo uma leve brisa quando, não sei de onde, um senhor apresentou-se a mim e disse o seguinte:
- É bom te ver aqui, saiba que a partir de agora você será mais especial ainda... Para mim. Diga-me, você sempre gostou de escrever não?
Mesmo sem saber, naquela hora, quem ele era me senti a vontade para responder.
- Sim, sempre escrevi – afirmei.
- É verdade, suas palavras sempre foram muito profundas, sua mãe orgulhava-se desse dom seu não era?
- É... Ela dizia que Deus falava por mim...
- Bom, nem sempre eu falava por você; tiveram uns momentos que era apenas você.
- Quer dizer que você é Deus?!
- Eu já esperava essa pergunta. Sou Deus e vim de fazer uma proposta: eu quero que de agora em diante você escreva apenas o que eu disser.
Eu estava sonhando. E no sonho eu estava conversando com Deus. Certo, a essa hora, o meu lado sensato estava gritando “Isso é um sonho!”, mas eu senti que aquilo não era apenas mais um “sonho”, e então aceitei a proposta. Logo, ele se aproximou de mim e começou a sussurrar palavras em meus ouvidos, na mesa havia várias folhas e um lápis e automaticamente escrevi o que era dito.
As palavras tornaram-se frases e comporão parágrafos, que se fizeram textos. Verso por verso de cada folha era preenchido e quando percebi a mesa estava repleta de textos. Quanto finalmente parei de escrever, perguntei pra que propósito ele queria que eu escrevesse aquilo tudo, e Deus respondeu:
- Não são textos em vão, são cartas para meus filhos, quero que eles saibam que eu estou vivo e quero ser parte da vida deles, assim como faço da sua – foi bom ouvir ele dizer isso.
- E como irei fazer com que todos os seus filhos leiam estas cartas?
- Não se preocupe você não é o único; houve e há pessoas que assim como você, também são meus instrumentos, e pode ter certeza de que a minha mensagem será lida por muitos que estão neste momento dormindo tranquilamente e por aqueles que ainda nascerão. Esperarei até que o último dos meus filhos perceba a minha presença, pois o meu reino foi feito para todos.
Após esse encontro, acordei desnorteado em minha cama, não sabia exatamente o que havia acontecido. Deitei novamente, quando notei um barulho parecido com o de papel, e sem acreditar, ergui o travesseiro e lá estavam as cartas e naquele momento eu percebi exatamente o que Deus queria que eu fizesse: seria eu um mensageiro, assim como foram os profetas e pode ter certeza de que cada palavra que você acabou de ler foi dita por Deus aos meus ouvidos a fim de que você soubesse o quanto ele te ama e te quer por perto. Ele sempre fez o seu papel, cabe agora você começar a fazer o seu!